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7 coisas que aprendi sobre produtividade depois de 80 mil palavras escritas

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Produtividade não é um caminho reto, muito menos fácil. Se você – como eu – é produtor(a) de conteúdo, sabe da importância de produzir o máximo de conteúdo em menos tempo.

Escrever 80 mil palavras pode parecer pouco pra você em comparação a outros produtores de conteúdo, mas mesmo das coisas pequenas, podemos tirar aprendizados.

Como na vida, conforme o tempo vai passando, a gente vai adquirindo experiência e parece que vai enxugando algumas coisas né? A gente muda, vai buscando o essencial, vai compreendendo melhor as coisas, nossas motivações e propósito, e isso vai deixando tudo mais claro. 

Não sei você, mas parece que quanto mais experiência eu vou adquirindo, vou buscando mais o essencial e a leveza naquilo que faço.

Eu já cometi muitos erros em busca da produtividade. Já confundi rituais com resultados também. Na produção de conteúdo a gente busca a constância, e isso quer dizer estar sempre produzindo algo. Em busca de me manter produtivo, fui testando coisas, incorporando hábitos, e cheguei a alguns resultados.

Então este texto será um compilado de lições aprendidas e hábitos que incorporei à minha rotina criativa como produtor de conteúdo. Não é o manual para ser a pessoa mais produtiva do mundo, mas se você produz conteúdo e quer ser mais produtivo, certamente o texto será útil.

Não consigo falar sobre produtividade sem começar respondendo à pergunta que recebo constantemente: “Como ser mais produtivo(a)?”. Então esta é a primeira lição que compartilho com você.

1. Conheça-se. Produtividade passa por autoconhecimento

Vejo como um grande erro – e talvez o mais recorrente deles – a confusão que as pessoas fazem entre rituais e resultados. Na prática tem muita gente olhando que a pessoa “X” acorda no horário “Y” e por isso é produtiva, que a pessoa tem um guarda-roupas com uma cor só de camisa e por isso é mais produtiva.

A produtividade é algo pessoal. É de acordo com a realidade da pessoa, ou seja, aquilo que funciona para uma pessoa, pode ser tão específico que não funciona para outra.

Afinal, de que adianta você ter um armário com uma única cor de camisas se você continua com 25 abas abertas no navegador?

Um outro perigo em dizer às pessoas “faça isso que eu faço” é que se a pessoa por algum limite pessoal ou da rotina dela, não puder fazer, ela pode criar uma barreira entre ela e a produtividade. Quer um exemplo?

Você já deve ter visto em algum lugar “faça exercícios nas primeiras horas do dia”. Eu também já vi. Mas a minha rotina – mesmo eu me acordando às 06:00h todos os dias – não me permite fazer.

Eu preciso me acordar às 06:00h para preparar café da manhã, tomar café da manhã, arrumar as crianças para a escola, levá-las à escola e só aí (às 07:20h) posso ir fazer a atividade física.

Você pode pensar que eu poderia acordar mais cedo e ir. Mas é uma opção minha acordar mais “tarde”, estar com a família nessas primeiras horas do dia e depois fazer minha caminhada/corrida com a minha esposa (afinal estar com quem amamos também nos faz mais produtivos).

Eu já experimentei o clube das 5AM, já experimentei fazer a atividade no fim da tarde, à noite, e o horário que eu faço hoje, é o ideal para mim porque eu consigo inserir a atividade na minha rotina produtiva de maneira mais natural.

Então quer ser saber como ser mais produtivo(a)? Olhe para a sua rotina, veja o que você precisa fazer, veja onde você está perdendo tempo e energia, o que está te fazendo bem, o que você precisa mudar e comece a implementar. Não existe uma fórmula, uma rotina perfeita e ideal que se encaixa para todas as pessoas.

Neste artigo eu digo de forma mais aprofundada como foi que vivi esse processo. Além disso, deixei 10 dicas que eu uso para lidar melhor com meu tempo e ser mais produtivo. Se você está precisando se organizar, certamente pelo menos uma ou duas coisas vão servir para você.

Quando falamos de organização não tem jeito, só você sabe a sua rotina então você precisa se conhecer, saber seus objetivos e prioridades para poder produzir bem. E falando em organização o próximo ponto é exatamente sobre isso.

2. Encontre o melhor horário e se programe

É muito difícil incorporar “de uma vez” o hábito de escrever na sua rotina. Ao mesmo tempo, você precisa ter constância para transformar a escrita – e consequentemente – a produção de conteúdo, num hábito.

Por isso dou sempre este conselho. Você precisa procurar um horário em que você consiga disponibilizar algum tempo para “encaixar” a escrita e transformá-la num hábito.

Ao mesmo tempo, o “melhor horário” é aquele em que você tem mais disposição e/ou se sente melhor para extrair suas ideias. Lembre-se o conteúdo que você vai produzir já está em você, graças aos “inputs” que você já tem. Você só precisa encontrar um momento para exercitar a organização desses inputs e transformá-los em “outputs”.

O que você não pode fazer é esperar inspiração para escrever. Inspiração só vem com transpiração, nenhum processo criativo acontece “do nada”.

Encontrado o melhor horário, você vai precisar se programar para diariamente estar ali exercitando a escrita, e isso nos leva à terceira dica.

3. Seja disciplinado. Autorrecompensas irão te ajudar

Criar um hábito é um exercício de repetição e ativação de gatilhos mentais. Isso requer muita disciplina. É como ir à academia. Se você passa um mês indo, e falta uma semana, quando for recomeçar é como se estivesse começando do zero.

Na escrita vão haver dias que você não vai querer escrever, ou momentos em que você vai pensar que não tá dando certo, que não tem o que escrever..

Por isso você precisa de FOCO. Se você precisa entender mais sobre foco, você pode ler este artigo que escrevi, porque aqui não vou discorrer sobre este assunto.

Voltando à dica, use autorrecompensas. Elas são ótimos gatilhos mentais. Veja bem, cada texto terminado é uma vitória para quem escreve, sobretudo se você está começando, então valorize e comemore essas pequenas vitórias.

Escrever demanda energia, foco, disciplina, lidar com feedbacks e até mesmo com a falta deles. Nada mais justo que ao terminar um texto, você se dê essa injeção de ânimo e reconhecimento né? Fazendo isso, você está se dando prazer e satisfação enquanto constrói o hábito de escrever (e isso é muito importante).

A autorrecompensa pode ser algo que você renunciou para poder dedicar tempo à escrita, como um episódio de uma série ou um momento de lazer, pode ser uma comida ou qualquer outra coisa de sua preferência que vá te fazer sentir bem e recompensado naquele momento.

4. Viva bem o processo, não dá pra fazer tudo de uma vez

Essa é uma parte prática da escrita. Todo conteúdo precisa passar por um processo de planejamento, criação, publicação e análise. Isso pode parecer óbvio, mas muitas vezes é deixado de lado na hora que você senta pra escrever.

Não dá pra fazer pesquisas de referências na mesma hora que está criando o texto, ou começar a analisar o texto antes mesmo de publicá-lo. É disso que estou falando aqui.

Divida bem o seu processo! Se você vai produzir um artigo por semana, divida seus horários entre a pesquisa, anotação de ideias, leituras sobre o assunto para antes de começar a escrever. Isso vai garantir que você tenha foco total na escrita e só na escrita quando for escrever.

Você já começou a escrever e parou pra fazer uma “pesquisinha” sobre um termo, e quando percebeu já tinha várias abas abertas no navegador ou já fazia um bom tempo que tinha parado de escrever? Eu já, e isso atrapalha muito.

Então viva bem cada etapa do processo. Você pode fazer como indico abaixo.

Planeje o conteúdo

Esta é a hora de fazer suas pesquisas, anotar as ideias, fazer um esqueleto do texto, buscar referências sobre o assunto, se você vai criar links para outros conteúdos é hora de reunir as URLs.. Enfim, nesse momento você faz como que um brainstorming, um guia daquilo que está na sua mente.

Nesta etapa você precisa juntar as ferramentas necessárias para a hora de escrever.

Crie o conteúdo

Aqui é a hora de pôr a mão na massa. É hora de transformar todos os inputs que você teve na fase anterior em outputs.

Aqui você precisa focar na escrita. Não ficar buscando mais referências, mais ideias, fazer muitas alterações na ideia inicial (do planejamento), pois se você não colocar em prática o que planejou, vai ter perdido tempo no planejamento e vai perder tempo com o retrabalho de fazer novas pesquisas e etc agora.

Distribua sem medo

Essa é a hora que “trava” muita gente. Expor o seu trabalho pro mundo é essencial. Não somente porque você está escrevendo para isso (a menos que seja um diário), mas porque aqui é que está o poder do conteúdo na internet.

Esse era um dos pontos que mais gerava procrastinação pra mim. Eu sempre tinha um “retoque” a fazer no conteúdo, pensando que poderia torná-lo melhor. Muitas vezes, só de pensar nos feedbacks que poderia receber, eu já arranjava outra coisa pra fazer e o conteúdo ia ficando pra depois.

O poder do conteúdo na internet está justamente em que seu conhecimento e suas experiências podem ajudar outras pessoas. A internet tem essa coisa de – mesmo que a gente pense: “quem vai se interessar por isso?” ou “será que eu sei mesmo o suficiente sobre esse assunto?” – amplificar o nosso alcance e de alguma forma aproximar quem tem os mesmos interesses que nós.

Então se você planejou e criou seu conteúdo, publique! Sem medo. O primeiro vai ser sempre o pior mesmo, mas com a prática a melhora vai ser natural e você vai se aperfeiçoar cada vez mais. Inclusive com os feedbacks que receber.

Analise o conteúdo

Depois do conteúdo publicado, é hora de respirar, deixar ele “rodar”, se desconectar dele e ir para a análise.

Essa etapa é importante porque é quando a gente recolhe dados (que são também frutos do conteúdo) para nortear nossos próximos passos.

Eu gosto sempre de ter um olhar “frio e calculista” sobre o conteúdo na hora de analisar. Muitas vezes, o conteúdo que a gente pensa que vai ser um estouro tem um desempenho diferente e aquele que a gente publicou meio que na marra, deslancha.

Por isso eu falo de se desconectar do conteúdo. Emocionalmente mesmo. Tem conteúdos que a gente adorou e outros nem tanto. Mas eu busco ter o mesmo olhar para um e para o outro, assim eu consigo ser mais neutro e colher melhores informações que eu poderei implementar no próximo conteúdo.

5. Evite o perfeccionismo

Esta é outra grande causa da procrastinação na vida do produtor de conteúdo, e na minha também foi.

É comum a gente ter tanto esmero no conteúdo, a gente quer que aquilo seja tão bom, que a gente se enche de preciosismos e perfeccionismos.

De verdade é importante que a gente faça bem o nosso trabalho. Se você escreve, precisa escrever bem mesmo, mas isso não pode se tornar obsessivo.

O que aprendi com isso foi: eu sou perfeccionista quando o meu desejo de fazer o melhor, me trava e me impede de mostrar o que eu sou. Aplicando isso ao conteúdo é quando você escreve um conteúdo e fica incessantemente buscando melhorá-lo e isso te impede de publicá-lo porque você acha que ele não está pronto por não estar bom o suficiente.

Esqueça isso. Faça uma boa pesquisa, um bom estudo sobre o conteúdo que quer produzir, busque se aperfeiçoar enquanto profissional e siga em frente ou seu conteúdo vai entrar no hall dos conteúdos tão bons que nunca foram lidos por ninguém.

6. Transforme a leitura num hábito de verdade

Eu quis começar esse título com a ordem “pare de se enganar”, não o fiz para não parecer ofensivo, mas era o que eu queria ter ouvido de alguém antes.

Eu tenho diversos livros, são algumas caixas afinal a grande maioria são livros físicos. Todos comprados baseado naquela máxima que todo escritor nos fala: “Para escrever bem, é preciso ler bem. Para escrever muito, é preciso ler muito”. E é verdade.

Durante um tempo, eu me enganava sobre ser um bom leitor. Quando eu ia produzir um conteúdo sobre determinado assunto, eu pegava um livro, abria no capítulo que falava sobre aquilo e pronto. Por eu trabalhar bastante, eu fazia bastante isso e assim eu achava que era um bom leitor.

Veja bem, eu não estou dizendo que você precisa ler “X” livros por ano, ou precisa leu os livros “x, y e z” para ser um bom produtor, o que quero dizer com esta dica é: incorpore a leitura como um hábito na sua vida.

Fazer da leitura um hábito não é só ler quando precisa ler sobre algo. Eu entendi que precisava estar lendo sempre, para me manter atualizado, para manter a mente em exercício, para conseguir absorver ideias mais rápido, para aumentar meu repertório de inputs.. E isso não acontece quando você é um leitor pontual.

Então começar a ler sempre, todos os dias, temas variados, me ajudou a ser mais produtivo porque me proporcionou ter esse repertório mais variado, reconhecer estruturas de texto mais rapidamente e mais pontos de vista sobre determinadas ideias, diferentemente de quando eu era um leitor pontual em busca de ver um assunto “isolado”, rapidamente e assim ter uma capacidade mais limitada de escrita sobre o assunto, o que me fazia dispensar mais tempo sempre nas pesquisas.

7. Tenha um “banco de ideias”

Eu sofria muito por ter ideias enquanto via filmes, séries, lia livros, tinha conversas com pessoas ou algo que eu via na rua ou até algo que acontecia comigo e perdê-las por não anotar.

É incrível como quando você aumenta o seus inputs, muitas coisas começam a se entrelaçar na sua mente e começam a vir as ideias, isso é um princípio da criatividade né, a “combinatividade” como fala o Murilo Gun.

E aí eu tinha as ideias e deixava elas guardadas na mente “até chegar em casa” ou pensava: “amanhã vou produzir um conteúdo sobre isso”, mas a nossa mente não foi projetada para armazenar informações e eu acabava esquecendo e perdendo muitas boas ideias.

Isso acabava afetando minha produtividade, sobretudo na hora de escrever que eu ficava pensando naquela ideia, naquela frase, naquela abordagem que eu queria fazer sobre o assunto mas a “inspiração não vinha”.

Acabei com isso quando comecei a escrever tudo que eu achava interessante no meu dia, todos os insights que eu tinha sobre determinado assunto enquanto eu lia ou assistia alguma coisa, todas as ideias que eu tinha enquanto conversava com alguém e assim por diante.

Isso me dá produtividade na hora de produzir porque se eu defino que vou abordar o assunto “x” naquela semana, eu já meio que direcionei o meu “radar” para aquele assunto, então todo tipo de ideia, aprendizado ou experiência que eu tiver, que tenha a ver com o assunto, eu vou armazenar criando esse banco de ideias.

Depois é só abrir o meu bloco de notas ou olhar alguma anotação (sim eu uso caneta e papel também para isso) com todas as minhas ideias e vou vendo o que está ali que eu posso incorporar naquele conteúdo pra tornar ele mais rico.

Além de me ajudar a não ter aquele “branco” na hora de escrever, me ajuda produzir um conteúdo mais autêntico, afinal com exceção de frases que anoto lá, são minhas impressões, experiências e aprendizados com o assunto que estão ali catalogadas.

Conclusão

Eu produzo conteúdo desde 2014, esses são alguns dos aprendizados baseados na minha experiência lidando com a produção de conteúdo ao longo desses anos.

Este não é um manual para a super produtividade, mas espero que essas dicas te ajudem. Eu tenho compartilhado mais da minha experiência no Clube do Conteúdo, abri algumas vagas gratuitas e você pode entrar lá acessando este link.

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Lourenço Silva

Missionário da Comunidade Obra de Maria, casado e pai de 3 filhos.

Na Obra de Maria desde 2005, atuo em diversas frentes formativas, de espiritualidade, vida missionária, liderança de equipes e trabalho social. 

Profissionalmente atuei por anos como profissional de marketing de conteúdo, copywriter e ghost writer, tendo escrito textos para Rock Content, Contentools, Venngage, Acountech e diversas outras empresas e profissionais, além de ter sido head de conteúdo do Mindset Exponencial e editor-chefe da revista homônima ao grupo.

Na internet, além de integrar a equipe de Marketing da Comunidade Obra de Maria, produzo conteúdo sobre Espiritualidade, Marketing e Comunicação para Cristãos.

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